Só os cegos não percebem a estratégia do deputado Rafael
Motta para tentar ser indicado candidato ao Senado na aliança com o PT.
Vale tudo nesta estratégia para rifar a pré-candidatura
do ex-prefeito de Natal Carlos Eduardo Alves.
Vale orquestrar veículos de comunicação aliados para
divulgar quase de imediato e simultaneamente o resultado de pesquisas em que o
pré-candidato do PSB aparece bem na fita, onde Carlos Eduardo perde terreno e
até já se configura tendência de segundo turno na eleição de governador.
Vale até arregimentar adversários de Fátima Bezerra e
mobilizar alas do PT descontentes com a governadora para se fazerem presentes à
reunião marcada para sábado, quando o partido tomará decisões sobre a próxima
campanha.
Vale até enviar ofício ao PT reafirmando a indicação do
próprio Rafael Motta para disputar o Senado, cobrando o “reconhecimento da
parceria” firmada em 2018.
O problema dessa estratégia é que isso não só beneficia
Rogério Marinho quanto fragiliza a própria campanha da governadora à reeleição.
Em pouco tempo, a estratégia de Rafael e do PSB conseguiu
expor as fragilidades e contradições da aliança do PT com Carlos Eduardo.
Mesmo diante das pressões, Fátima Bezerra e o comando
político do PT já sinalizaram que não haverá mudanças e que está mantida a
aliança com Carlos Eduardo.
Uma coisa certa: a estratégia de Motta tem causado
estragos suficientes e que podem até ameaçar o projeto recondução de Fátima ao
governo.
Conclusão: só menino besta não vê que a estratégia de
Rafael Motta está minando a autoridade e a liderança da governadora Fátima
Bezerra. Dentro do PT e entre os aliados.
Quem precisa de adversários, tendo aliados como esse, já
se perguntam alguns petistas.
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