A manutenção das pré-candidaturas do ex-prefeito Carlos
Eduardo Alves (PDT), com o apoio das cúpulas estadual e nacional do PT e também
do deputado federal Rafael Motta, lançado por decisão do PSB, cria um paradoxo
na campanha eleitoral. Interessa tanto à governadora Fátima Bezerra, candidata
à reeleição, quanto ao ex-ministro Rogério Marinho, pré-candidato do
bolsonarismo e de oposição ao PT.
Fátima Bezerra seria a maior
beneficiada porque passaria a ter dois candidatos ao Senado pedindo voto
pra ela. Rogério se beneficia com a divisão dos votos do bloco da situação. Se
Rafael Motta evitar que Carlos Eduardo cresça em termos de intenção de voto,
melhor para o ex-ministro.
Quem tem motivos de sobra para se preocupar com a
candidatura de Rafael Motta é Carlos Eduardo. O nome do deputado federal é
extremamente palatável para as bases do PT. Afinal, ele tem se mostrado um
aliado leal, participa do governo petista, vota de acordo com a orientação do
PT e conta com a simpatia de setores da juventude e da cultura.
O desfecho vai depender de
algumas questões: Rafael Motta vai pedir voto pra Fátima? Carlos Eduardo vai
pedir voto pra Lula ou para o candidato do seu partido, Ciro Gomes?
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