O Senado aprovou a PEC que amplia o limite de
idade para a indicação de ministros para o STF. A idade passou de 65 para
70 anos. Texto segue
agora para a promulgação.
A elevação da idade vale para novas indicações ao Supremo
Tribunal Federal (STF), ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), aos tribunais
regionais federais (TRFs), ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), aos
tribunais regionais do trabalho (TRTs), ao Tribunal de Contas da União (TCU) e
para ministros civis do Superior Tribunal Militar (STM).
A justificativa oficial é que o texto é uma adequação à
PEC da Bengala, que elevou de
70 para 75 anos a aposentadoria compulsória.
Entretanto, a emenda ficou conhecida em Brasília por “emenda Noronha”,
porque pode beneficiar o ministro do STJ João Otávio Noronha, aquele pelo qual Jair Bolsonaro
disse ter tido “amor à primeira vista”.
Em fevereiro, a proposta passou pela Câmara em votação
relâmpago. Os dois turnos da PEC foram discutidos, analisados e apreciados em
menos de uma hora. Na primeira
votação, 439 deputados se manifestaram a favor da proposta; apenas 15 foram
contrários. No segundo turno, foram 416 votos sim e 14 votos não, com uma
abstenção.
No Senado, a votação também foi célere: menos de uma hora de
sessão. No primeiro turno, foram 60 votos a favor; no segundo, 59. Não houve
votos contrários.
Como mostramos, a proposta,
que havia sido aprovada na CCJ
em novembro do ano passado, é uma operação casada entre o Palácio do Planalto e
deputados governistas para abrir caminho a indicações de aliados.
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