Em reunião extraordinária nesta quinta-feira (16), o Conselho de
Administração da Petrobras deu
sinal verde para o aumento de combustível. O reajuste deve ser só para o diesel
e deve superar 10%. A empresa ainda vai definir o tamanho do aumento e a data
para anunciar a decisão.
Segundo apurou o blog,
a reunião convocada pelo presidente do Conselho de Administração da estatal,
Márcio Weber. Durante a reunião, os conselheiros ligados ao governo tentaram
convencer a empresa a segurar o aumento.
Só que a diretoria relatou o teor das conversas
realizadas com o governo nos últimos dias, quando a equipe do presidente Jair Bolsonaro não
aceitou conceder um subsídio para a estatal e para importadores privados
trazerem o diesel mais caro no exterior e vendê-lo no Brasil com um valor mais
baixo.
Segundo a diretoria disse ao conselho, a única forma de
evitar o aumento seria a concessão do subsídio, o que não foi autorizado pelo
governo.
Sendo assim, o comando da estatal disse que, se segurasse
o aumento, teria de importar diesel mais caro e causar prejuízo para a
estatal, gerando risco
de falta do produto ou ações contra a empresa na Justiça.
Em dado momento, a diretoria perguntou se o conselho iria
autorizar essa operação que poderia gerar ações contra a diretoria e contra os
próprios conselheiros. Diante da resposta negativa, um integrante da reunião
disse que foi "restituído à diretoria o poder de decidir se dará ou não o
aumento".
Aumento deve sair nos próximos dias
Segundo apurou o blog, o reajuste pode ser anunciado
inclusive nesta sexta-feira (17), mas dependerá de últimas avaliações da
diretoria.
Segundo membros da diretoria, a defasagem entre os preços
internacionais e o praticado pela Petrobras supera
atualmente os 20% no caso do diesel. Já a defasagem no preço da gasolina caiu
para cerca de 5%, depois de medidas adotadas pelos Estados Unidos.
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