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Eleições para governo e Senado no RN estão indefinidas, crê Agripino

 

“Muito indefinido”, disparou o vice-presidente nacional e presidente estadual do União Brasil, José Agripino Maia, sobre o cenário político-eleitoral para os cargos de governador do Estado e senador da República no Rio Grande do Norte. Para ele, o eleitor potiguar está desmotivado para escolher e votar nos nomes que atualmente estão postos para as eleições de outubro, causando essa indefinição.

“Acho que o quadro para o governo do Estado está indefinido, muito indefinido, porque falta ao eleitor a vontade de votar em um candidato. Você chega em uma farmácia, posto de gasolina ou restaurante, conversa com as pessoas, pergunta em quem vai votar e a resposta está pronta. Hoje, chego nos lugares perguntando e as pessoas não têm nenhuma determinação em votar em candidato A ou B. Muitos dizem: ‘nesse aqui, eu não voto mais. Nessa daqui eu votei, mas não voto mais”, disse.

Para ele, o eleitor está carente de um candidato em que tenha vontade de votar para o governo e Senado. “Você tem a candidata do PT, Fátima Bezerra, que não tem acusações contra ela, menos de estar fazendo um governo sem realizações. Se você perguntar qual é a obra marcante de Fátima? Nenhuma. Teve uma sequência de governadores que foram bons, médios ou má gestão, mas todos eles têm uma marca administrativa e Fátima não. A única marca é de ter feito aquilo que é obrigação, que é pagar os salários dos servidores públicos e os salários atrasados. Agora, acusações expressivas, do ponto de vista moral, não há”, afirmou.

Disse também que a governadora é uma candidata sem preferência e com grande rejeição, sem consistência. “Teve a oportunidade de fazer um governo com a marca que o Estado exigia e precisava, mas não fez. As pessoas esperam sempre alguma coisa de um governante e ela não tem a preferência, que é preciso para garantir a reeleição. Eu não acho que ela tenha chance real de ganhar as eleições”, ressaltou.

Com relação a Fábio Dantas, Agripino afirmou que este é um candidato que ainda carece de musculatura político-partidária. “É candidato de um partido cuja estrutura do próprio partido ainda não está com vontade de apoiar essa candidatura. Então, é uma candidatura que está por ser feita”, enfatizou.

Senado federal

Em relação ao Senado, José Agripino disse que os eleitores ficam “perplexos” porque, “tem a candidatura de Carlos Eduardo Alves, que nasceu de forma meio atravessada”, uma vez que ele foi inimigo político de Fátima Bezerra e hoje, seu aliado. “O povo, com toda razão, explicita a sua perplexidade. Como é que eu votei em Carlos Eduardo contra Fátima, votei em Fátima contra Carlos Eduardo e agora, terei que votar nos dois? Quem é que está certo? É a campanha passada ou essa de agora? É uma perplexidade justificável por parte do eleitor”, analisou.

Sobre Rogério Marinho, Agripino disse vê-lo como uma “pessoa preparada”. “Um sujeito que demonstrou ser estudioso e, do ponto de vista da gestão, foi competente, mas as pessoas questionam muito por ele quase sempre brigar com seu criador, pois ele começou com Wilma de Faria e terminou brigado com Wilma, começou apoiando por Paulo Guedes e agora briga com ele. Na minha opinião, ele é rejeitado por muita gente por ter sido intérprete da Reforma da Previdência e da Reforma Trabalhista”, disse.

Para ele, Rogério tem o apoio de muitas lideranças, “mas é preciso que se tenha em mente o seguinte e, essa experiência eu tive, na eleição majoritária, o eleitor vota em quem quer e não em quem manda. Já para deputado estadual e federal, o eleitor até segue a orientação do líder. Mas, para governador e senador, o eleitor vota em quem tem vontade de votar, não adianta ter estrutura de Prefeitura e deputado, porque isso não leva à vitória. Quem leva é a preferência popular, a determinação do eleitor de votar em quem ele quer e não em quem estão mandando que ele vote. Ele é o dono do voto dele”, explicou, em entrevista ao Bom Dia CBN, nesta terça-feira 7.

“Reuni os candidatos a deputado estadual e federal e disse a eles o seguinte: o União Brasil não terá candidato a governador e senador, esse é o nosso pensamento, e vocês estão livres para conversarem com os candidatos a senador e governador e sintonizarem o pensamento de vocês. Isso não significa dizer que o União Brasil vai ter candidato ou vai proibir que candidato A ou B, que eu quero ver eleito estadual ou federal fique obrigado a na decisão”, disse.

José Agripino falou que a orientação é que os pré-candidatos do União Brasil escolham os pré-candidatos ideais, conforme seus pensamentos, e levem esses nomes para o partido discutir. “Vamos discutir e analisar quem reuniu a maioria das preferências. Quem reunir a maioria, vai ter o tempo de rádio e televisão do União Brasil. Ganhou na preferência democrática do partido a preferência pelo candidato X, então, o tempo de rádio e televisão irá para uma coligação ou aliança para aquele candidato. Já que nós não temos nessa eleição candidato a governador ou senador oficiais do partido”, finalizou.

 Fonte: Agora RN.

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