A semana que começa hoje abre a temporada das convenções
que homologarão as candidaturas às eleições de outubro. De acordo com o
calendário eleitoral, os partidos e federações devem oficializar os seus
candidatos e candidatas e coligações majoritárias entre os dias 20 de julho a 5
de agosto.
No Rio Grande do Norte, o cenário ainda é de incertezas
no campo majoritário, com as atenções voltadas principalmente para duas
dúvidas:
1 – O senador Styenson Valentim (Podemos) será candidato
a governador?
2 – O PSB homologará a candidatura do deputado federal
Rafael Motta ao Senado Federal?
No primeiro caso, a definição de Styvenson é muito
importante. Se decidir ser candidato, provavelmente levará as eleições para o
segundo turno. Do contrário, a governadora Fátima Bezerra (PT) aumentará as
chances de ser reeleita já no primeiro turno.
Levando em conta os números das pesquisas divulgadas até
aqui, a intenção de votos de Styvenson coloca a disputa no segundo turno. Sem
ele, os outros candidatos da oposição, com destaque para o ex-vice-governador
Fábio Dantas (Solidariedade), não são capazes de superar a intenção de votos da
governadora.
Intenção de votos não é matemática exata e a campanha
eleitoral ainda não começou, no entanto, não há elementos que possam sustentar
a possibilidade de segundo turno sem um terceiro candidato com densidade
eleitoral capaz de ser o fiel da balança.
Interessante voltar ao tempo para entender o cenário
atual. Nas eleições de 2014, Henrique Alves (ex-MDB, hoje PSB) era favoritíssimo
a se eleger governador no primeiro turno, mas as urnas ofereceram 8,74%
(129.616 votos) ao professor Robério Paulino (Psol), levando a disputa para o
segundo turno. E na etapa final, como todos sabem, a grande parcela dos votos
de Robério migraram para Robinson Faria (ex-PSD, hoje PL) que acabou se
elegendo governador do RN.
É claro que os tempos são outros. A governadora Fátima
lidera todos os cenários de primeiro e segundo turno, entretanto, para a
oposição endurecer a disputará precisará das candidaturas de Styvenson e Fábio
Dantas. Se uma delas “furar”, a fatura será liquidada no turno inicial.
No caso da corrida ao Senado Federal, Rafael Motta, se
confirmar a candidatura, dividirá a simpatia da militância do PT e da
governadora com o ex-prefeito Carlos Eduardo (PDT) e, por gravidade, colocará o
ex-ministro Rogério Marinho (PL) em melhores condições de disputar. Daí o
trabalho de bastidores – de Brasília a Natal – para convencer Rafael a desistir
do Senado. Foi oferecido a ele uma candidatura a prefeito de Natal em 2024, com
apoio de Fátima e de Carlos Eduardo, visto como o maior eleitor da capital, mas
Rafael não recuou. A pressão deve aumentar esta semana.
No mais, teremos as nominatas proporcionais – já
definidas – homologadas nas convenções com destaque para a federação
PT/PCdoB/PV, União Brasil e PL, acompanhados de perto por Progressistas e MDB.
A nominata do Solidariedade virou incógnita com a situação de possível
inelegibilidade do pré-candidato Lawrence Amorim; e PSB e Republicanos vêm em
menor plano.
É aguardar, então, o que as convenções vão definir.
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