Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu, por meio de sua 2ª Câmara, condenar o ex-procurador Deltan Dallagnol e o ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot a devolverem R$ 2,8 milhões aos cofres públicos sob alegação de gastos supostamente irregulares com diárias e passagens no âmbito da Lava Jato, além de uma multa de R$ 200 mil para cada.
De acordo com o relator, ministro Bruno Dantas, a documentação entregue para pedir a criação da força tarefa da Lava Jato não trazia previsão de gastos extras durante a atuação.
Dantas, que foi indicado para o cargo vitalício no TCU pelo senador Renan Calheiros, um dos investigados pela Lava Jato, disse que o pagamento das diárias e passagens aos procuradores consistem em atos ilegais, ilegítimos e antieconômicos.
A condenação foi vista por muitos como uma retaliação ao
trabalho dos investigadores, que revelaram o maior esquema de corrupção da
história do Brasil.
Em nota, Dallagnol afirmou que o TCU entra para a história como órgão que persegue investigadores.
“Aí você tem quatro ministros, quatro delatados pela Lava Jato, que julgam os principais atores da Lava Jato e colocam na nossa conta todo o custo do funcionamento da operação contra todas as recomendações de todos os órgãos técnicos.
Por que é que eles nos condenaram? Eu respondo. Eles nos condenaram para mandar uma forte mensagem para todo mundo que ousar um dia combater a corrupção”, desabafou.
O procurador João Vicente Beraldo Romão também foi
condenado junto a Dallagnol e Janot, mas em todos os casos cabe recurso.
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