O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou os mandatos de
seis dos nove vereadores de Martins, cidade do Alto Oeste do Rio Grande do
Norte, com base na lei da cota de gênero. A decisão de plenário, por sete votos
a zero, não pode ser revertida. Daí, a Câmara Municipal terá que convocar os
novos vereadores.
Entre os vereadores que perderam o mandato está o
presidente do Legislativo, Fulgêncio Teixeira. Os outros são: Françoar
Ferreira, Netinho Gurgel, Uilame Júnior, Rabim e Xinó. Todos foram eleitos pelo
Democratas, hoje União Brasil.
Com a recálculo dos quocientes eleitorais e partidário,
serão diplomados e nomeados: Jadson Fontes (Republicanos), Sargento Filho
(Republicanos), Bibiu (PSD), Maria de Baiano (PSD), Jean Ferreira (PT) e
Marquinhos Papa Tudo (Pros.). Como o presidente foi cassado, os vereadores
realizarão novas eleições para o cargo.
Os novos vereadores se juntarão aos três eleitos em 2020:
Helena de Clemente (Republicanos), Cabecinha (Republicanos) e Ercílio Lisboa
(PSD).
Todos os vereadores cassados formavam a bancada da
prefeita Maria José (União Brasil). Agora, a bancada governista passa a contar
apenas com o apoio do Marquinhos Papa Tudo. A oposição tem o comando do
Republicanos, com quatro vereadores. PSD, com dois vereadores e o PT, com um, completam
a nova bancada oposicionista que ganha no plenário por 8 a 1.
O ministro Alexandre de Moraes, que assumirá a
presidência do TSE nesta terça-feira (16), foi o relator do processo. Ele
decretou a nulidade de todos os votos recebidos pelo Democratas nas eleições de
2020, cassando os seis vereadores e determinando o recálculo dos quocientes
eleitorais e partidários. O Democratas foi punido por ter usados candidaturas
"laranjas" para driblar a lei da cota de gênero.
Acompanharam o voto do relator os ministros Ricardo
Lewandoski, Mauro Campbell, Benedito Gonçalves, Sérgio Banhos, Carlos Horbach e
Edson Fachin.
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