O eixo do poder político cancelou o equilíbrio,
simbolizado pela Praça dos Três Poderes, e se instalou no Supremo Tribunal
Federal (STF). Em pleno período eleitoral, quase não se fala em políticos,
parlamentares e governantes, estes sim, legitimados pelo voto. O STF é o dono
da pauta, com decisões escolhidas para ocupar as manchetes e reiterar o poder
de mando e até decidir a exceção. O STF “sanciona” leis ou as suspende, altera
políticas públicas e suprime direitos constitucionais dos cidadãos.
Fique na sua
Com sua elite dependurada em inquéritos nunca julgados, o
Congresso silencia, até avaliza, decisões que neutralizam suas prerrogativas.
Fique na sua II
O chefe do Executivo reclama, mas está imobilizado pela
“espada de Dâmocles” do STF, por meio de uma avalanche de ações e inquéritos.
Supremacia togada
A cada interferência, o STF cristaliza algo que a
Constituição não prevê: sua supremacia em relação aos outros poderes.
Esquerda caviar
Preguiça das elites pensantes acaba “legitimando”
superpoderes do STF e o abandono, pela imprensa, do dever do senso crítico, não
previstos.
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