Delegacias de Polícia Civil sediadas em Natal estão com
estrutura precária e dificuldades para atendimento ao público na capital
potiguar. Com infiltrações, ferrugem, paredes quebradas e com falta de
acessibilidade, além de riscos de assaltos e furtos, alguns desses espaços
precisam de reformas e intervenções e há a possibilidade de realocação para
outros lugares. A 7ª Delegacia de Polícia, nas Quintas, zona Oeste de Natal,
deverá ter reformas nos próximos dias e a estrutura será realocada para outra
delegacia.
Na 7ª DP, policiais conversaram com a TN sem se identificar e informaram que a estrutura do local está aquém do ideal. Há paredes quebradas e/ou sem rebocos e ferrugem nas ferragens. Segundo um dos servidores, no último final de semana aparelhos de ar-condicionado foram furtados da unidade.
A situação se repete na 14ª Delegacia de Polícia, em
Felipe Camarão. Logo na entrada, não dá para saber se o local é uma delegacia
ou não, pois não há identificação oficial. Com mato alto, paredes quebradas,
infiltrações e ferrugem a mostra, o espaço até tem uma rampa, mas o local está
com grama e mato alto, o que dificulta acesso de pedestres e cadeirantes. Não
há elevador.
Em agosto deste ano, a Defesa Civil do Rio Grande do Norte interditou a 2ª delegacia de Polícia de Natal, localizada nas Rocas, na zona Leste da capital. A ação foi motivada após constatação de condições e estruturas precárias de trabalho, em vistoria do órgão. À época, os técnicos da Defesa Civil deram 10 dias para que os policiais civis deixem o prédio. A DP agora está funcionando na 4ª Delegacia, em Mãe Luiza.
“Já fizemos reclamações e observações na Delegacia Geral,
visitamos, mas até agora nenhuma providência. Avaliamos que é falta de atenção
e descaso com os policiais e a população, porque na hora que a gente
identifica, a própria PC tem conhecimento e não toma providências, é algo
preocupante. Continuamos denunciando, como fizemos com a 2ª DP”, comenta a
presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Rio Grande do Norte (Sinpol-RN),
Edilza Faustino. A representante disse ainda que deve formalizar pedido junto à
Defesa Civil para solicitar visitas nessas duas delegacias específicas.
Ainda segundo ela, há delegacias no interior também com
estrutura precária, o que afeta no serviço à população. “Primeiro é a falta de
valorização da instituição em relação a seus trabalhadores, que estão em locais
que oferecem até risco a sua vida, sem contar em casos, como Caicó, por
exemplo, que um prédio só acumula quatro delegacias sem espaço decente. Isso
interfere no desempenho dos policiais porque o mínimo que se precisa é de
dignidade, um local confortável para se trabalhar e desenvolver uma profissão
que por si só já é extremamente estressante”, acrescenta.
Veja mais aqui.
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