Os policiais militares que atuarão nas eleições do Rio
Grande do Norte vão utilizar coletes balísticos emprestados por outros estados
para o pleito eleitoral deste domingo (02). A informação foi confirmada à
TRIBUNA DO NORTE por nota da Polícia Militar do RN, que alegou que o processo
licitatório teve entraves burocráticos e não conseguiu ser finalizado a
tempo.
“A Corporação ressalta que realizou processo licitatório para compra de coletes balísticos, todavia, houve um recurso de uma empresa concorrente na justiça, que atrasou os trâmites de aquisição dos equipamentos em mais de 2 meses. Sendo assim, a Instituição adquiriu 300 coletes balísticos e abriu um processo licitatório para a aquisição de mais 2.035 coletes, que em breve estarão sendo entregues pela empresa ganhadora”, diz trecho da nota da PM.
A Polícia Militar não informou a quantidade de coletes
emprestados nem de quais estados os equipamentos vieram.
Para Márcia Carvalho, presidente da Associação dos Subtenentes e Sargentos Policiais e Bombeiros Militares do RN, criticou a situação da PMRN e disse que “não garantir os equipamentos aos policiais, é um ato de irresponsabilidade do Governo do Estado”, disse.
“Sobre os equipamentos, é um fato, não há equipamentos para todos. Não há nem mesmo na rotina diária, imagine em um evento que requer um desdobramento ainda maior da segurança pública. Não existe colete e armamento para todos. Talvez o policial vá sim para uma escola desarmado. Questionamos ainda de onde virá esse empréstimo de coletes se estão todos atuando em prol da segurança nas eleições?”, questionou.
Para o atual presidente da Associação de Cabos e Soldados
do Rio Grande do Norte, Carlos Cortez, o empréstimo de coletes balísticos
“embora pareça resolver o problema por hora, demonstra o quanto a Polícia
Militar do RN trabalha sem a estrutura e condições adequadas para a prestação
do serviço a sociedade”.
“Destaque-se que o colete balístico é um equipamento de
proteção individual - EPI essencial para o desempenho da função policial
militar de policiamento ostensivo, e pode ser o divisor entre a vida e morte de
um militar em uma ocorrência de confronto armado.
Os policiais do Rio Grande do Norte deverão ter
dificuldades para votar neste ano. Isso porque o Rio Grande do Norte não
solicitou, neste ano, as tropas federais para auxílio na segurança, portanto,
praticamente todos os policiais militares atuarão na segurança das
eleições.
Fonte: Tribuna do Norte
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