A divisão de ministérios no futuro governo Lula já começa
a causar atritos, nos bastidores, entre o PT do presidente eleito e o PSB do
vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin.
Nos últimos dias, pessebistas passaram a defender que a
indicação do senador eleito Flávio Dino (PSB-MA) para o Ministério da Justiça
seja considerada como “cota pessoal” de Lula, e não do partido.
O discurso faz parte de uma ofensiva do PSB para
conseguir outros dois ministérios. Os alvos seriam as pastas do Turismo e das
Cidades, para a qual seria indicado o ex-governador paulista Márcio França.
A estratégia do PSB, porém, vem irritando petistas e
outras siglas aliadas de Lula. A crítica é de que o PSB tem um apetite por
cargos maior do que permite a bancada de 14 deputados federais eleita pelo
partido.
Além de Dino e França, desejam ser ministros pelo PSB
nomes como o deputado federal Marcelo Freixo (RJ) e o governador de Pernambuco,
Paulo Câmara. Ambos ficarão sem cargo público a partir de janeiro.
Estabilidade
Lideranças do PSB, por sua vez, rebatem as críticas. O
argumento é de que, apesar da bancada pequena, a sigla merece ser bem
contemplada por ser a legenda de Alckmin, considerado “peça-chave” para a
estabilidade do governo Lula.
Metrópoles
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