A economia do Brasil cairá
de 2,8% em 2022 para
1,2% no próximo ano, aponta projeção da OCDE (Organização
para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) divulgada nesta terça-feira (22).
Em setembro, a entidade previu crescimento econômico de
2,5% para este ano e de 0,8% para 2023. Apesar da pequena melhora, a
organização afirma que o desenvolvimento do setor será menor no 1º ano do novo
governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Segundo relatório da OCDE, o cenário global deteriorado,
a política fiscal mais restritiva e o efeito do aumento nas taxas de juros são
alguns dos fatores responsáveis pela desaceleração do crescimento
do PIB (Produto Interno Bruto) de 2,8% em 2022 para 1,2% em 2023,
ante uma leve melhora para 1,4% em 2024.
Além disso, a alta da inflação, o crédito mais caro e a
estabilização do crescimento real do salário também são influenciadores para os
valores da estimativa.
Espera-se que a política monetária permaneça restritiva,
com a taxa de juros atual de 13,75% inalterada até 2023. De acordo com o texto,
a taxa deve manter-se nesse nível até que seja registrado uma trajetória de
quedas da inflação.
“Incertezas em torno da
futura política fiscal podem desestabilizar os mercados financeiros, exigindo
que o Banco Central mantenha as taxas de juro altas por mais tempo, o que
pesaria sobre o crescimento”, afirma a OCDE.
A entidade diz, ainda, ser necessária uma revisão da
capacidade fiscal, uma vez que cumprir com as atuais regras está se
tornando “cada vez mais difícil” por
conta do conflito entre um teto que “limita” o
aumento dos gastos governamentais e uma “forte rigidez” orçamentária.
Be como as despesas obrigatórias -que representam 92% do orçamento.
“Reformas para limitar as
despesas obrigatórias, juntamente com um arcabouço fiscal mais sólido, poderiam
proporcionar algum alívio para a política fiscal”, diz.
Poder 360
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