A Polícia Civil vai abrir um inquérito para apurar a
suposta falsificação da assinatura digital da então servidora Carmem Vera
Araújo de Lucena, ato que deu início ao processo de contratação da Casa da
Ribeira para elaboração do projeto “Complexo Cultural Rampa: Arte. Museu.
Paisagem”. A investigação, que ficará a cargo do Departamento de Combate à
Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Deccor), atende a um pedido do Ministério
Público (MPRN). O delegado Anderson Tebaldi confirmou que aguarda o recebimento
das oitivas do MP para instaurar o inquérito policial. O contrato, que está
suspenso, foi firmado por R$ 126,9 mil e autorizou a Casa da Ribeira a captar
até R$ 7,47 milhões via renúncia fiscal.
O objetivo do inquérito é “saber quem assinou digitalmente pela servidora o memorando que dá início ao processo de contratação direta”, detalha o promotor Afonso de Ligório, titular da 60ª Promotoria de Justiça de Natal. O documento em questão trata-se do Memorando 29/2019 sobre a “Solicitação de contratação de empresa para elaboração do Plano Museológico e Expográfico do Complexo Cultural Rampa”, assinado por Carmem Vera, que à época exercia o cargo de Coordenadora de Articulação e Ordenamento. No entanto, Carmem diz que não assinou o documento.
Em contato com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, Carmem
Vera, hoje aposentada, não quis gravar entrevista, mas reafirmou o que disse
nas oitivas junto ao Ministério Público. “Não fui eu que assinei. A gente tem
uma equipe grande lá de técnicos. Outras pessoas tinham minha senha. Eu não
tomei conhecimento, eu não redigi esse memorando, eu não assinei. Eu só vim
saber disso agora quando saiu esse inquérito. Eu nunca nem tinha visto esse
documento. Não sei quem fez”, explica Carmem Vera.
0 comentários:
Postar um comentário