O chamado orçamento secreto não deve sofrer alterações no
primeiro ano de mandato do presidente da República eleito, Luiz Inácio Lula da
Silva (PT), apesar de ele ter prometido ao longo da campanha eleitoral que
daria fim a essa ferramenta.
Segundo aliados do petista, como a equipe dele negocia
com o Congresso Nacional a liberação de mais recursos para usar em 2023 a
partir de uma proposta de emenda à Constituição (PEC), é recomendável que ele
não interfira nesse mecanismo, que serve como moeda de troca para o Executivo
conseguir apoio de parlamentares.
Orçamento secreto é o nome pelo qual ficaram popularmente
conhecidas as emendas de relator, que são controladas pelo escolhido pelo
Congresso para ser o relator-geral do Orçamento Federal e elaborar o parecer da
Lei Orçamentária Anual (LOA). Todos os deputados e senadores podem sugerir ao
relator qual deve ser a destinação desses recursos.
Pragmatismo ou recuo?
Integrantes da equipe de transição dizem que “cada coisa
tem o seu momento”. Além disso, são a favor de que Lula não acabe de vez com as
emendas de relator, mas sim, que dê mais transparência a como funciona o
orçamento secreto.
“Esse tema vai ficar mais para frente. A urgência é votar
a PEC e garantir as questões sociais, o socorro ao povo. A discussão do
orçamento secreto é uma questão de governo”, disse o senador Humberto Costa
(PT-PE), que vai coordenar o grupo técnico de saúde do governo de transição de
Lula.
Fonte: R7
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