As dificuldades em avançar com a PEC (Proposta de Emenda
à Constituição) que permite a Luiz Inácio Lula da Silva (PT) furar o teto de
gastos públicos para bancar promessas de campanha acirraram e expuseram
disputas internas do PT nas últimas semanas.
É consenso no partido que há problemas na articulação da
proposta, que deve começar a tramitar no Senado. O diagnóstico, porém, dividiu
deputados e senadores.
A bancada na Câmara tentou puxar o início da tramitação
da PEC para a Casa Baixa na última semana, desagradando aos senadores do
partido.
Além disso, há descontentamento de petistas com o senador
eleito Wellington Dias (PT-PI). Diversos correligionários, reservadamente,
colocam na conta dele o fato de a PEC ter empacado. Em algumas conversas também
sobra para o líder do PT no Senado, Paulo Rocha (PA).
O novo governo defende que sejam retirados do teto de
gastos R$ 198 bilhões para bancar os R$ 600 do Auxílio Brasil em 2023 e para
ajustar o orçamento de outros gastos sociais. Querem que a vigência das regras
valha por 4 anos.
Líderes do Centrão, porém, já disseram que só topam a
aprovação da PEC se a validade do texto for de 1 ano e com um valor próximo a
R$ 80 bilhões. Além disso, o grupo quer negociar diretamente com Lula, que terá
a caneta na mão em 2023, e não com seus aliados.
A falta de acordo fez com que a apresentação oficial da
PEC fosse postergada ao longo das últimas semanas. Agora, a expectativa é que o
texto seja divulgado na 3ª feira (29.nov).
COBRANÇA POR MINISTROS
A cobrança por nomeação de um ministro da Fazenda,
verbalizada publicamente por Jaques Wagner, é quase unânime dentro do PT.
Também há uma demanda pela indicação de um ministro de articulação política.
Lula, porém, não dá pistas sobre quando anunciará os
nomes nem para os aliados mais próximos. Com a pressão, a expectativa de
petistas é de que o presidente eleito faça as indicações na próxima semana.
Com informações de Poder360
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