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Ações da Petrobras têm maior queda desde 1989, após aprovação na Lei das Estatais

 

O Ibovespa opera em queda nesta quarta-feira (14), pressionada pelas ações da Petrobras, após mudança na Lei das Estatais, que beneficia a indicação de Aloizio Mercadante para a presidência do BNDES, aprovada a toque de caixa na Câmara dos Deputados.

Às 15h21, a Petrobras (PETR3) caía a 9,40%. De acordo com levantamento da Economatica, a última vez que atingiu esse patamar foi em 27 de abril de 1989. A data mais recente em que as ações ordinárias caíram mais do que 9% foi no último dia 24 de outubro deste ano, quando fecharam o dia com variação negativa de 9,89%, após queda no preço do petróleo e caos político.

Os papéis da estatal eram a maior influência negativa ao índice, enquanto Vale ajudava a limitar as perdas.

Às 15h50, o Ibovespa caía a 0,16%, a 103.375 pontos, depois de ter registrado queda de 1,79%, a 101.684,59 pontos, às 10h31.

A Câmara dos Deputados aprovou na noite desta terça-feira (13) uma mudança na Lei das Estatais que reduz de 36 meses para apenas um mês a quarentena obrigatória para que pessoas vinculadas à estrutura decisória de partidos políticos ou de campanhas eleitorais assumam cargos em empresas estatais. O texto seguirá para o Senado.

A aprovação, que ocorreu na sequência da nomeação de Aloizio Mercadante para o comando do BNDES pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pressiona ações de estatais, especialmente a Petrobras.

“Bolsas estão fracas no exterior, e aqui o lado político pesa”, diz Pedro Galdi, analista da Mirae Asset Corretora. Ele afirmou que o mercado lê o aval da Câmara à alteração como “um retrocesso na governança em grandes empresas estatais”.

Os agentes do mercado também digerem as declarações de Fernando Haddad, escolhido por Lula para ser o ministro da Fazenda de seu governo. Ele afirmou na véspera que poderá antecipar a apresentação de uma proposta fiscal que seja confiável e sustentável, aliando compromisso com a estabilidade da dívida pública e também com a área social.

O mercado ainda seguia acompanhando a tramitação da PEC da Transição, que enfrenta obstáculos com relação ao cronograma, enquanto, na agenda de indicadores, avaliava queda marginal do IBC-Br em outubro sobre o mês anterior, ante expectativa de alta de 0,5%.

Fonte: R7 

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