Um estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) mostrou que 487,8 mil pessoas (13,7% da população)
sobreviviam na faixa da extrema pobreza, com uma renda per capita de até R$ 168
por mês, ou R$ 5,60 por dia, no Rio Grande do Norte em 2021.
No comparativo com 2020, o Estado tinha 215,2 mil (6,1%
da população) pessoas nesta condição, o que corresponde a um aumento de 126% na
extrema pobreza de um ano para o outro.
Em números absolutos, cerca de 272 mil pessoas se
tornaram pobres extremos no período. O número de pessoas em extrema pobreza em
2021 é o maior desde 2012.
Na faixa da pobreza, em 2021, o RN tinha 1.538.352
pessoas neste grupo ou 43,2% da população. Em 2020 esta taxa era de 34,2%, o
que correspondia a 1.206.918 pessoas. De um ano para o outro o aumento de
pobres foi de 27,4%.
Todos os números constam na “Síntese de Indicadores
Sociais: Uma análise das condições de vida da população brasileira” e
consideram as linhas de pobreza propostas pelo Banco Mundial, que adota como
linha de extrema pobreza os rendimentos per capita US$ 1,90 PPC (Poder de
Paridade de Compra), equivalentes a R$ 168 mensais per capita. Já a linha de
pobreza é de US$ 5,50 PPC, ou R$ 486 mensais per capita.
A série histórica apresentada pelo IBGE revela que a
proporção de potiguares extremamente pobres em relação à população oscilou de
7,9% a 10,9% entre 2012 e 2019. Em 2020, no primeiro ano da pandemia, esse
índice caiu para 6,1% e voltou a subir em 2021 quando atingiu o maior patamar
em nove anos: 13,7%.
Todas as grandes regiões do País registraram aumento da
extrema pobreza, mas o crescimento foi mais intenso nas regiões Norte e no
Nordeste do País, regiões que foram mais impactadas pelos programas
emergenciais de transferência de renda em 2020 e que, portanto, tiveram queda
mais acentuada deste indicador neste último ano.
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