Nesta segunda-feira (12), o Governo do Rio Grande do
Norte apresentou a proposta do projeto que será enviado à Assembleia
Legislativa para reajuste da alíquota modal do Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviço (ICMS).
A intenção é a ampliação da alíquota de 18% para 20% em
2023. Para 2024, a proposta é que ocorra a redução para 19%, e para os atuais
18% em 2025. As informações foram apresentadas pelos secretários estaduais
Carlos Eduardo Xavier (Tributação) e Raimundo Alves (Chefe do Gabinete Civil).
O presidente da Fecomércio RN, Marcelo Queiroz, destacou
que a diretoria da entidade se reuniu na manhã de hoje (12), e, de forma
unânime, se posicionou contrária ao aumento do imposto.
“Os segmentos do comércio de bens, serviços e turismo
respondem por 77% da arrecadação do ICMS no estado. Um aumento do imposto
impacta diretamente no desempenho dessas atividades, na geração de emprego e
renda. Estamos com uma campanha de incentivo ao comércio local e sabemos que
uma medida como esta promove, ainda mais, o consumo, via internet, em
estabelecimentos de fora do estado e do país. Enxergamos algumas outras
possibilidades que podem ajudar no reequilíbrio fiscal do estado”, afirmou
Queiroz.
“Estamos à disposição para discutir com os poderes
Executivo e Legislativo e contribuir com a construção de soluções sem
necessariamente passar pelo aumento de tributos”, finalizou.
O secretário de Tributação, Carlos Eduardo Xavier,
destacou que estudo do Comitê Nacional de Secretarias de Fazenda (Comsefaz)
sugere a necessidade de aumento de 18% para 22,3%. “Estamos fazendo uma
proposta de aumento em um percentual inferior ao indicado pelo Comsefaz e com
um caminho de retorno. Sem essa medida, o Estado não tem condições de manter o
equilíbrio de suas contas no ano de 2023. É uma medida absolutamente necessária
e que estamos buscando dialogar com a classe produtiva”, afirmou.
Segundo os secretários, ainda hoje, o projeto será
enviado para início da tramitação junto à Assembleia Legislativa. Para efeitos
em 2023, a medida precisa ser aprovada ainda neste ano, passando a valer a
partir de 1º de abril.
Participaram da reunião representantes da Fecomércio RN,
Federação das Indústrias (Fiern), Federação das Empresas de Transporte de
Passageiros do Nordeste (Fetronor), Federação das Câmaras de Dirigentes
Lojistas (FCDL), Associação Comercial e Empresarial (ACRN), Câmara de
Dirigentes Lojistas de Natal (CDL Natal), Câmara dos Dirigentes Lojistas de
Mossoró (CDL Mossoró), Sindicato do Comércio Varejista de Mossoró (Sindilojas).
Tribuna do Norte
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