O presidente da Federação dos Municípios do Rio Grande do
Norte (Femurn), Luciano Santos, falou sobre o piso salarial dos professores, em
vídeo divulgado na tarde desta quarta-feira (18), e disse que a Federação
seguirá o entendimento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que nesta
terça-feira (17), se manifestou contrária ao reajuste de 14,95% anunciado pelo
Ministério da Educação, e orientando prefeituras a não implementarem o piso aos
profissionais.
De acordo com o prefeito de Lagoa Nova-RN, a medida pode
ser considerada um investimento que garante melhoria para a nação, mas defende
que antes da implementação do aumento, é necessário discutir e entender a
origem dos recursos que custearão os novos salários dos profissionais de
educação. Segundo Luciano Santos, nos últimos dois anos, os reajustes para
professores já chegam a quase 50%.
“A classe dos professores,
junto com todos os profissionais da área da educação deve sim ser valorizada”,
diz o presidente da Femurn, que completa: “por outro lado, é importante
frisar que os municípios não sofreram esse aumento de receita para custear essa
demanda. E a pergunta a ser feita e a ser respondida é essa: de onde vem o
dinheiro que irá custear a folha de pagamento do magistério”.
Com isso, o gestor manifestou apoio a decisão da
Confederação e defende “que os municípios tenham
recursos para, de fato, arcar com essa despesa, ou com esse investimento para a
sociedade”.
O reajuste anunciado pelo Ministério da Educação aos
profissionais da educação causará um impacto nas contas públicas. No Rio Grande
do Norte, a diferença será de R$ 222 milhões, de acordo com levantamento feito
pela CNM, que aponta o impacto de mais de R$ 19 bilhões no país inteiro.
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