O ministro Ricardo Lewandowski, provocou constrangimentos
no Supremo Tribunal Federal (STF) ao participar de um evento do
“Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra” (MST), organização que se
notabiliza por ofender a lei e o direito constitucional de propriedade, para
invadir e se apropriar do alheio, e ainda fez críticas ao que chamou de
“democracia liberal e burguesa”, vigente no Brasil.
Sem o menor pudor, Lewandowski aceitou o convite para
participar desse evento. denominado “Democracia e Participação Popular” na
Escola Nacional Florestan Fernandes, em Guararema, interior de São Paulo.
Como se fosse um político em campanha ou se dirigisse aos
próprios eleitores, Lewandowski ainda resvalou na demagogia, liberando os
“companheiros” do tratamento de “excelência” devido a ministro do STF:
“Quero começar dizendo que muitos me chamaram de
excelência, mas quero dizer que excelência é o povo brasileiro. Visitando a
Escola do MST percebi do que é capaz o povo organizado. E a escola é um exemplo
disso.”
Ao lado de João Pedro Stedile, conhecido líder
porralouca do MST, Lewandowski criticou a “democracia liberal burguesa”, como
se não tivesse a obrigação constitucional, como ministro do STF de zelar pela
Carta Magna que jurou defender.
“A democracia está em crise, todos dizem isso. Mas o que
está em crise, na verdade, é a democracia representativa, liberal burguesa, a
democracia dos partidos, na qual, tenho certeza, que nenhum de nós se sente
representado adequadamente. Essas crises sucessivas têm uma raiz profunda, que
é o sistema político que, de fato, não nos representa”.
O ministro também fez críticas ao governo Bolsonaro, ao
afirmar que ao longo dos últimos anos “se cessou qualquer participação do
povo na gestão e no processo político”.
“Quando falamos que a democracia está em crise […], estou
dizendo que a ideia de democracia, do povo participando da coisa pública, é um
ideal vivo e que precisa ser construído por todos nós.”
Durante o seminário, Lewandowski circulou entre advogados
e juristas de entidades apoiadoras do governo Lula, como a Associação
Brasileira de Juristas pela Democracia, o Sindicato dos Advogados de São
Paulo, o Conselho Nacional de Justiça e o Transforma MP.
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