O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG)
foi reconduzido ao cargo, superando o oponente, o senador Rogério Marinho
(PL-RN), por 17 votos. Pacheco obteve 49 votos contra 32 de Marinho,
quando precisava de 41 votos para vencer a eleição para presidente do
Congresso Nacional no biênio 2023/2025.
Pacheco cumprimentou e rendeu homenagem ao opositor Rogério
Marinho “pela disputa travada. A essência da democracia deve ser esta,
solucionar disputas e fazer a divergência pacificamente”.
Os 32 votos obtidos em votação secreta por Rogério Marinho na
eleição pela Presidência do Senado surpreendeu. Apontado pela imprensa nacional
e até por colegas governistas do Congresso como um candidato sem chances desde
o lançamento da sua candidatura, o parlamentar potiguar chegou ao dia do pleito
transformando a disputa em um resultado imprevisível.
Esta foi a primeira vez que um senador em início de mandato
disputou a Presidência da Casa logo após tomar posse. Até por isso, o
desempenho de Rogério Marinho chamou a atenção do Parlamento, além de lhe
cacifar para ser um dos líderes da oposição de agora em diante no Congresso
Nacional.
“Não há Parlamento livre e representativo quando existe (e
claramente existe) desequilíbrio entre os Poderes. A democracia exige uma
relação independente, harmônica e altiva. A omissão diminui o Parlamento,
ameaça a democracia e, consequentemente, o estado de direito”, disse o senador
potiguar durante discurso antes da eleição.
No final, o resultado mostrou que o trabalho realizado pelo
senador conseguiu atrair votos que antes eram dados como certo para o
presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Vale lembrar que, garantidos, Rogério
tinha apenas a expectativa dos 23 votos representados pelos membros do PL, PP e
do Republicanos, os únicos partidos fechados em apoio ao potiguar.
O avanço da oposição na base governista assustou e motivou a
entrada maciça de membros do Executivo federal na articulação pró-Pacheco. Até
o ex-senador Jean Paul Prates, atual presidente da Petrobras, foi visto no
plenário da Casa em constantes conversas individuais nesta quarta-feira (01).
Além dos ministros que foram liberados pelo presidente Lula da Silva para
retomarem seus mandatos no Senado com o objetivo de demonstrar força política e
apoio a candidatura de Pacheco.
Com apenas um dia de mandato, Rogério conseguiu ainda
recolocar o Rio Grande do Norte entre os protagonistas da política nacional.
Posição que havia sido perdida nos últimos anos.
Durante o discurso, Marinho também pediu licença para citar
“alguém que pra mim é referência na minha vida privada e pública, o meu avô
Djalma Marinho, que foi parlamentar nessa casa durante quase 30 anos na Camara
dos Deputados, o seu nome é o nome da Comissão de Constituição e Justiça
daquela Casa, presidiu a Comissão por sete vezes.
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