A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime
Organizado da Câmara dos Deputados vai deliberar, nesta terça-feira (21), sobre a
convocação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino. A Comissão
quer saber, por exemplo, porque o ministro visitou uma comunidade no Rio de
Janeiro e não veio acompanhar a situação do Rio Grande do Norte, que há cinco
dias está submetido a ataques do crime organizado. E, também para que ele fale
sobre o desempenho de sua pasta em quase 90 dias de gestão.
Parlamentares do Estado no Congresso Nacional criticaram o ministro da Justiça, como o deputado federal General Girão (PL), que ironizou o fato de Flávio Dino não ter vindo a Natal prestigiar a governadora Fátima Bezerra (PT), aliada do governo federal: “Tem manejo em dialogar dentro de comunidade dominada pelo tráfico de drogas e poderia vir ao Rio Grande do Norte ter uma conversinha com as facções ou melhor, reconhecer a incapacidade da gestão do Estado e decretar intervenção federal”.
“Como explicar a permissividade do crime organizado, que
domina o RJ, em receber um ministro de Estado, sem escolta policial na favela?
Ou como justificar o domínio total das facções no RN?, questionou Girão.
Para Girão, a PM “não tem acesso livre em algumas
comunidades do RJ. No entanto, a comitiva do ministro do PT tem passagem
concedida e segura, sem a escolta policial. Afinal, é um Ministro de Estado e
corre riscos. A não ser que haja permissividade, parceria e exigências do
crime”.
Já o senador Rogério Marinho (PL) disse que “enquanto o
caos e a insegurança estão instalados no RN, o nosso Ministro da Justiça visita
“ONG” na favela da Maré, comunidade dominada por traficantes para receber plano
de segurança. “Típico do PT”.
O requerimento para convocação do ministro Flávio Dino
foi encaminhado pelo deputado federal Marcos Pollon (PL-RS) já na quarta-feira
(15) , ocasião da instalação da Comissão de Segurança Pública, que elegeu como
presidente o deputado federal Sanderson (PL-RS), que acatou sugestão no sentido
de que o requerimento fosse assinado por todos os 38 membros da Comissão.
Parlamentares da comissão estranham o fato de o ministro
se deslocar à favela para receber de uma ONG um “plano de segurança”, em vez de
receber essas pessoas em seu gabinete, em agenda aberta e pública.
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