O caso das joias presenteadas pela família real da Arábia
Saudita à então primeira-dama Michelle Bolsonaro, e que acabaram apreendidas
pela Receita Federal, faz lembrar outro escândalo envolvendo a apreensão de um
verdadeiro tesouro que o presidente Lula levou com ele, ao final do seu segundo
mandato presidencial, e guardado por cinco anos nos cofres de uma agência
bancária.
O tesouro era composto de 133 itens valiosos, na maioria
presentes de chefe de Estado ou de governo visitados pelo brasileiro ou que
visitaram o Brasil. Todos esses itens haviam sido incorporados ao patrimônio
público sob guarda da Presidência da República.
A Polícia Federal apreendeu o tesouro em uma sala-cofre
da agência do Banco do Brasil, em São Paulo. O acervo estava guardado em 23
caixas lacradas desde janeiro de 2011, mês em que Lula deixou a presidência.
Foram apreendidos 133 itens, incluindo joias e obras de
arte que o ex-presidente recebeu de outros governantes enquanto estava no
cargo.
Entre os itens apreendidos no cofre estava um valioso
crucifixo barroco, obra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, que havia
desaparecido do Palácio do Planalto depois da mudança de Lula.
O cofre localizado no Banco do Brasil da Rua Líbero
Badaró foi encontrado casualmente pela PF.
“Foram encontradas nas caixas de papelão, de modo geral,
peças decorativas, espadas, adagas, moedas, canetas e condecorações”, diz o
relatório da PF, assinado pelo delegado Ivan Ziolkowski, que ilustrou o
documento com fotos de peças do acervo. O relatório informa que “as caixas
foram depositadas no dia 21 de janeiro de 2011 e foi informado que pertenciam à
Presidência da República.”
Diário do Poder
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