O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) está oferecendo
cargos e emendas parlamentares a congressistas que não assinarem ou retirarem o
apoio à instalação de uma comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) sobre
os atos de 8 de janeiro em Brasília, dizem deputados ouvidos pelo R7.
De acordo com as denúncias, parlamentares que mantiverem
apoio à CPMI estariam de fora da distribuição de R$ 13 milhões em emendas
individuais neste ano. Cargos de segundo e terceiro escalão em estatais e
autarquias ligadas ao governo também entram nas trocas.
A mira do Palácio do Planalto estaria direcionada
sobretudo a deputados em primeiro mandato. Isso porque esses parlamentares não
entraram na conta das emendas definidas em 2022 para execução neste ano. Com
isso, os estreantes só estariam na divisão a partir de 2024. A ideia do governo
federal é captar essa parcela com a distribuição de R$ 3 bilhões em emendas
parlamentares a 218 recém-chegados.
Quanto aos cargos, a ameaça velada é de perda de cadeiras
a partidos que possuem comandos em estruturas do Executivo, como é o caso do
MDB e União Brasil. Em meio ao movimento, o deputado Célio Silveira (MDB-GO),
Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) e José Nelto (PP-GO) retiraram assinaturas
do pedido de abertura da CPMI. Até mesmo integrantes da oposição cederam, como
é o caso do deputado Pastor Gil (PL-MA).
Informação R7
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