O Projeto de Lei Complementar (PLP) 139/2022, que cria um
período de transição gradual ao longo de 10 anos para quedas de coeficiente no
Fundo de Participação dos Municípios (FPM), teve requerimento de urgência
aprovada nesta quarta-feira, 19 de abril, pela Câmara dos Deputados. O texto
também prevê que o Censo 2022 tenha impacto imediato no FPM assim que o
levantamento for divulgado. Dessa maneira, Municípios com ganho de coeficiente
já poderão ser beneficiados.
Relator do projeto no Plenário, o deputado Benes Leocádio
(União-RN) defendeu a medida na sessão de ontem. “Aprovar esse projeto vai
evitar grande prejuízo a cerca de 800 Municípios. Sem isso, eles terão
prejuízos incalculáveis com reflexos na saúde, na educação”, alertou. O
parlamentar, que é presidente da Frente Mista Municipalista no Congresso,
lembrou ainda o compromisso com essa pauta que foi assumido pelo presidente da
Câmara, Arthur Lira, durante a XXIV Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios
da CNM.
Em seguida, o requerimento foi aprovado. Quando adotado,
o regime de urgência para apreciação de uma proposta abre exceções de prazos e
formalidades regimentais, tornando a análise do tema mais ágil.
A CNM propôs o texto apresentado pelo então deputado
federal Efraim Filho (União-PB), com o objetivo de evitar mudanças bruscas no
Fundo em razão da contagem populacional por meio do Censo. Com a medida
proposta, sempre que forem atualizados os dados pelo IBGE, os Municípios terão
um prazo até, de fato, migrarem para faixa mais baixa de coeficiente.
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