Em artigo de opinião publicado neste domingo (16), a
editora do Wall Street Journal, Mary Anastasia O’Grady, pontuou que o
presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem se aproximado de um
“elenco de ditadores inimigos da América”. Para a jornalista, o petista se
apresenta como um “revolucionário envelhecido”, mas na verdade é um “demagogo
obcecado por dinheiro e poder”.
No texto, O’Grady destacou que, embora líderes da direita e esquerda de 54 países tenham assinado uma declaração conjunta contra os terrores praticados na Nicarágua por Daniel Ortega, Lula recusou incluir o Brasil no documento. Entre as denúncias que constavam na declaração, estavam as violações aos direitos humanos de indígenas, afrodescendentes e católicos.
O terror do estado da Nicarágua é repulsivo para os líderes de todo o mundo e de ambos os lados da divisão política. Os signatários da declaração de Genebra emitida em março incluíram governos de centro-esquerda no Chile, Canadá, Espanha e Estados Unidos. O Brasil recusou-se a assinar. Mais tarde, ofereceu algumas bobagens sobre a busca de diálogo entre Ortega e suas vítimas, que foram caçadas, espancadas, presas, deportadas e às vezes assassinadas por sua oposição pacífica à ditadura militar – escreveu O’Grady.
Na sequência, a editora do WSJ ainda apontou que Lula tem
flertado com outros regimes antidemocráticos para além de seus velhos amigos,
Cuba, Bolívia e Venezuela.
Em seus primeiros 100 dias no cargo, da Silva fez
questão de se aproximar da Rússia, China e Irã. (…) O Brasil está tão obcecado
em demonstrar sua independência dos EUA que decidiu se aliar a um dos estados
antidemocráticos mais notórios do mundo e um dos principais exportadores de
terrorismo [Irã]? – questionou a jornalista.
A comunicadora prosseguiu expressando indignação diante
do fato de Lula estar atribuindo à Ucrânia parte da culpa pela guerra com a
Rússia. Para O’Grady trata-se de “um tolo relativismo moral” dizer que o país
invadido também é culpado.
A jornalista ainda não esqueceu de mencionar a
aproximação de Lula do presidente chinês Xi Jinping, que “está ameaçando acabar
com a democracia em Taiwan, assim como fez com uma repressão brutal em Hong
Kong”.
Os dois grandes países, Brasil e China, têm uma
importante relação comercial. Mas o anúncio de Lula de que o Brasil em breve se
tornará um importante destino para projetos de infraestrutura chineses parece
suspeito, dada a reputação da China de corrupção e construção de má qualidade –
acrescentou.
Para O’Grady, a “simpatia com o Kremlin, lamber botas em
Pequim, curvar-se a Teerã e proteger Ortega são declarações de apoio político a
déspotas antiamericanos” e também uma “forma de manter a porta aberta para toda
e qualquer fonte de capital, inclusive de grupos do crime organizado que
entraram na política”.
Pleno News
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