Servidores estaduais da saúde vão iniciar nesta
terça-feira (11) uma greve por tempo indeterminado no Rio Grande do Norte. O
pontapé da paralisação será um ato público em frente ao Hospital Walfredo
Gurgel, em Natal, a partir das 9h.
Entre outros pontos, os servidores da saúde cobram
melhores condições de trabalho, concessão da progressão funcional e revisão da
Lei de Produtividade, além de reajuste salarial de 21,87%. A pauta inclui,
também, a regularização do pagamento de plantões dentro do mês trabalhado e a
implantação dos pisos salariais da enfermagem e dos técnicos em radiologia.
A categoria reclama que tem tentado dialogar com o
Governo do Estado, mas sem sucesso.
“Desde agosto do ano passado, estamos tentando uma
audiência com a governadora para tratar das nossas pautas, mas Fátima foge e
tenta empurrar com a barriga reivindicações antigas da categoria. Uma categoria
que foi duramente massacrada com a pandemia, que enfrenta péssimas condições de
trabalho e, mesmo assim, se dedica a salvar vidas. Não somos heróis, não temos
superpoderes. Somos trabalhadores da saúde, pais e mães de famílias, que sofrem
com adoecimento, assédio moral nos locais de trabalho, com alimentação
insuficiente e salário arrochado”, diz o sindicato da categoria (Sindsaúde), em
nota.
Em um vídeo publicado nas redes sociais, a enfermeira
Rosália Fernandes, coordenadora-geral do Sindsaúde, convocou a categoria para
aderir à greve e ao protesto desta terça-feira.
“É preciso fazer uma greve para que a gente tenha as
conquistas. Até o momento não houve nenhum avanço por parte do governo.
Precisamos ter uma reposição das nossas perdas salariais, conquistar o piso da
enfermagem, as mudanças de nível que estão em atraso, jornada de trabalho,
mudança na Lei da Produtividade. E o principal: respeito, dignidade e
valorização dos trabalhadores da saúde que dão as suas vidas. É importante que
o governo reconheça isso”, enfatizou a coordenadora-geral.
Veja vídeo aqui.
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