O governo mandou
barrar a proposta de reajuste de 43,88% do salário do presidente da Petrobras,
Jean Paul Prates, e dos diretores da empresa, na tentativa de conter o desgaste
político com a pretendida remuneração de marajás.
A reviravolta
ocorreu na assembleia geral de acionistas desta quinta-feira (27), onde o
representante da União, designado pelo Planalto, que representa a maior parte
dos votos, recomendou a rejeição do aumento de 43,88%, que elevaria o salário
de Prates para mais de R$165 mil.
Com poder de
decidir sozinha no conselho, a União apresentou e aprovou um reajuste menor, de
9%. A recomendação do novo valor foi da Secretaria de Coordenação e Governança
das Empresas Estatais (Sest).
Ainda assim,
receberá um salário muito expressivo o ex-senador que assumiu a presidência da
estatal, apesar da proibição prevista na Lei das Estatais. Seu salário saltará
de quase R$116mil para mais de R$130 mil mensais.
Em nota, Prates
negou que tenha sido o autor da proposta do aumento salarial, mas não explicou
por que não abriu mão do supersalário proposto, até para evitar a saia justa
criada pelo veto do Planalto.
Veja trecho da
nota:
Cabe
esclarecer que me abstive da decisão tomada pelo colegiado, assim como outros
três Conselheiros, que, como eu, deverão permanecer no Conselho. Os
Conselheiros que votaram favoravelmente tiveram como base a percepção de
oportunidade de melhoria dos valores de remuneração, atualmente praticados à
luz de referências de empresas com as mesmas características.
A indicação
de correção dos salários não tem nenhuma motivação individual e sequer atende a
pleitos exclusivos da nova gestão, já que se trata de um tema que deve ser
obrigatoriamente analisado pelas estatais para subsidiar decisão da AGO quanto
ao montante que será destinado à remuneração de seus administradores no próximo
ano.”
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