A Caderneta de Poupança registrou a maior saída de
recursos para o 1º trimestre da série histórica, iniciada em 1995. Os saldo de
saque de janeiro a março deste ano foi de R$ 51,2 bilhões, uma alta
nominal de 26,9% em comparação com o saldo negativo do ano passado. O BC
(Banco Central) divulgou o Relatório de Poupança nesta quinta-feira (6).
No 1º trimestre, os brasileiros depositaram R$ 908,4
bilhões na Caderneta, mas sacaram R$ 959,6 bilhões. Todos os 3 meses do início
do ano foram negativos:
A Poupança não registra entrada líquida de dinheiro no 1º
trimestre desde 2014. O saque tem acelerado anualmente desde 2020, como é
possível visualizar no gráfico abaixo.
A evasão de dinheiro do 1º trimestre é registrada no
momento que as famílias estão endividadas e os juros estão elevados. Além
disso, a inflação do país atingiu 5,60% no acumulado de 12 meses até
fevereiro, patamar acima do teto da meta.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prometeu
criar um programa de renegociação de dívidas, chamado Desenrola.
Mas problemas na confecção do sistema operacional atrasou o início do
programa.
O estoque –volume total de recursos aplicados na
Poupança– caiu R$ 31,6 bilhões de dezembro de 2022 a março de 2023. Neste
período, a rentabilidade da Caderneta proporcionou ganhos de R$ 19,8 bilhões, o
maior valor da série histórica.
POUPANÇA
EM MARÇO
Os brasileiros retiraram R$ 6,1 bilhões da Poupança em
março. O saldo negativo foi menor que o registrado no mesmo mês do ano passado,
quando sacaram R$ 15,4 bilhões. A queda foi de 60,4% no período.
Com a queda de recursos registrada em março, o estoque da
Caderneta passou de R$ 968 bilhões para R$ 967,5 bilhões. Recuou R$ 544
milhões. Os rendimentos da Poupança diminuíram o valor a ser descontado no
volume total de depósitos. Somaram R$ 5,54 bilhões em março.
A Caderneta de Poupança rendeu 0,74% no mês passado,
acima da prévia da inflação do período, de 0,69%.
Poder 360
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