Mais de 618 mil trabalhadores estão em situação de
informalidade no Rio Grande do Norte. Esses são os números mais atuais de
acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios do IBGE, e mostram um
crescimento no comparativo com os últimos anos.
Em 2021, a taxa era de 544 mil trabalhadores na
informalidade. No ano passado, eram 610 mil.
A taxa de informalidade das pessoas de 14 anos ou mais
ocupadas no Rio Grande do Norte é de 44%. Ou seja, quase metade dos adultos com
algum tipo de ocupação no estado trabalha sem carteira assinada. O RN ocupa a
15ª posição no país quando o assunto é trabalho informal.
Segundo o IBGE, 38 milhões de brasileiros são
considerados trabalhadores informais por não terem vínculos empregatícios nem
trabalharem por conta própria como autônomos, pessoas jurídicas ou
microempreendedores.
Glaydson Soares, presidente da Comissão de Direito do
Trabalho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-RN), demonstra preocupação com a
precarização do trabalho e a falta de direitos básicos. "Ele não tem, por
exemplo, a oportunidade de ter um benefício previdenciário, um auxílio doença
caso ele tenha um problema de saúde no desenvolver do seu trabalho",
lembra.
Esses trabalhadores podem contribuir para a previdência
de forma autônoma, com alíquotas de 11% a 20%, mas as necessidades mais
urgentes muitas vezes impedem que reste algum dinheiro para o futuro.
O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos
Socioeconômicos (Dieese) estima que, contando com períodos de desemprego e
informalidade, o trabalhador brasileiro leva cerca de 25 anos para 15 anos de
contribuição. Com o aumento da contribuição mínima, para homens, para 20 anos,
associada à idade mínima de 65 anos, a concessão do benefício ficou ainda mais
distante.
Fonte: G!/RN
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