Olho D'água do Borges/RN -

Fim da paridade de preços da Petrobras significa volta ao passado.

 

Ao analisar o anúncio da Petrobras da nova política de preços e fim da paridade internacional, o colunista do UOL Josias de Souza afirmou tratar-se de "uma volta ao passado" e foi cauteloso ao falar dos riscos desta mudança.

Pode melhorar ou piorar muito para o consumidor. Esta mudança determinada pela Petrobras significa uma volta ao passado. Como não pode faltar combustível, a Petrobras tem que fornecê-lo e fará isso a preços não competitivos. Alguém vai pagar essa conta, que costuma morrer no Tesouro Nacional, portanto no nosso bolso. É preciso ver qual mágica a Petrobras fará para absorver a volatilidade quando o preço sofrer grandes variações no mercado internacional.

Em participação no UOL News, Josias considera que o grande teste para a nova política de preços da Petrobras será quando houver uma grande oscilação no mercado internacional. O colunista alertou para o risco de a conta cair no colo dos consumidores, já que a estatal precisaria compensar de alguma forma se o plano der errado.

Hoje, o preço está anestesiado porque não há grandes variações no mercado internacional, mas está sujeito a grandes oscilações, determinadas pela vontade do cartel da Opep. Se houver uma grande oscilação, aí veremos se essa nova política de preços da Petrobras funciona ou não. Se não funcionar, a volatilidade terá que ser absorvida por alguém, que será a Petrobras. O mercado privado não vai perder dinheiro.

Josias de Souza, Colunista UOL

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