Entidades de educação abriram fogo contra o novo arcabouço fiscal após
a inclusão do Fundeb no limite de gastos. A mudança foi feita pelo relator do
projeto, deputado Cláudio Cajado (PP-BA).
A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) afirma que é preciso
garantir que as despesas com manutenção e desenvolvimento do ensino atendam aos
mínimos constitucionais. “A escola cumpre uma função
indispensável como rede de apoio das famílias e no suporte para romper com
ciclos de pobreza e desigualdade”, destaca.
No mesmo sentido, a União Brasileira dos Estudantes
Secundaristas (Ubes) defende que “será impossível” cumprir as metas
do PNE e melhorar o padrão de qualidade da educação pública. “A
inclusão no teto de gastos do novo arcabouço fiscal os mínimos constitucionais
da educação e da saúde, além da complementação federal ao Fundeb, que até 2026
atingirá o percentual de 23% do fundo são medidas incoerentes e
desproporcionais”, explica.
Daniel Cara, coordenador geral da Campanha Nacional pelo
Direito à Educação, acredita que a inclusão do Fundeb no arcabouço “aprisiona” o
financiamento da educação. “O fundo que financia a educação básica está
sob risco”, destaca.
Deputados da base do governo preparam um pedido para
que o Fundeb seja retirado do texto. Ao menos 60 parlamentares
aderiram ao movimento encabeçado pelo PT e pelo PCdoB.
0 comentários:
Postar um comentário