A Câmara dos Deputados aprovou, por 296 votos a favor e 136
contra, o projeto de decreto legislativo do deputado Fernando Monteiro (PP-PE),
que suspende as
mudanças feitas pelo governo Lula no marco do saneamento básico.
Com a aprovação desse PDL, o Planalto tem
a sua primeira grande derrota na Câmara dos Deputados.
Os deputados
sustaram cinco parágrafos do decreto, entre os quais o trecho da
lei que dilatou, para dezembro de 2025, o prazo para as empresas estatais apresentarem
garantias de capacidade financeira para novos investimentos. A
lei originária, de 2020, estabelecia que esse prazo teria sido encerrado em 31
de março.
Outro trecho modificado no marco do saneamento fiz respeito à
permissão de prestação direta de serviços por estatais em regiões
metropolitanas.
O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), chegou a pautar o
projeto na semana passada. Mas ele recuou por conta das articulações do PL das
Fake News.
O texto PDL foi aprovado após aprovação de regime de
urgência. Na votação da urgência, 322 deputados foram a favor da proposta;
apenas 136 foram contra. Por isso, vários deputados da oposição como Kim
Kataguiri (União-SP) e Carlos Jordy (PL-RJ) provocaram o governo federal.
“A base do governo desidratou.
Não existe mais”, disse Kataguiri no plenário da Casa.
O líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), chegou
a pedir o adiamento da votação do texto. Mas foi ignorado pelos colegas
parlamentares.
“Quero fazer um apelo aos
líderes para que nós pudéssemos retirar de pauta esta matéria para que
dialogássemos até terça-feira, de um jeito ou de outro, ou votando este PDL ou
uma outra solução, nós buscaremos uma solução”, disse ele durante a
sessão de hoje.
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