As perspectivas para o mercado de trabalho em
2023, no Brasil, tornaram-se menos
promissoras do que vinham parecendo até aqui. O Indicador Antecedente de
Emprego (IAEmp), divulgado nesta quinta-feira (4/5), pelo Instituto
Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), caiu 1,4
ponto em abril, depois de dois meses seguidos de alta.
“Apesar de fechar o primeiro trimestre com resultado
positivo, o número de abril devolve quase todos os ganhos desse período e
mantém o IAEmp oscilando em patamar baixo”, diz o economista Rodolpho Tobler,
do FGV Ibre. O IAEmp tem como função justamente tentar antecipar o
comportamento do mercado de trabalho no país.
A queda em abril foi influenciada por quatro dos sete
componentes do índice. Os destaques negativos foram para os tópicos “Tendência
dos Negócios” e “Situação Atual dos Negócios da Indústria”, que contribuíram
com redução de 1 e 0,4 ponto, respectivamente. O item “Situação Atual dos
Negócios de Serviços” registrou redução 0,3 ponto.
Tiveram participação positiva, ainda que de forma tímida,
os componentes “Emprego Previsto” e “Tendência dos Negócios de Serviços”, ambos
com variação de 0,2 ponto.
Em abril, o IAEmp fechou em 75 pontos. Em março, havia
alcançado 76,4. Em abril de 2022, atingira a marca de 79,5, num crescimento de
4,5 pontos em relação a fevereiro do mesmo ano.
No fim de março, dados da Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgados pelo Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), corroboraram essa tendência. Eles mostraram que
a taxa de desemprego no Brasil havia ficado em 8,8% no trimestre concluído em
março, atingindo 9,4 milhões de brasileiros.
Metrópoles
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