Publicamente, o Partido dos Trabalhadores (PT) parece
unido em torno da pré-candidatura da deputada federal Natália Bonavides à
Prefeitura de Natal. Mas internamente o cenário é bem diverso.
Natália enfrenta resistências nas principais correntes
petistas. Correntes são os grupos internos através dos quais o PT se organiza;
é como se houvesse diversos partidos dentro do PT.
Uma dessas correntes (ou tendências) é a Avante, da
governadora Fátima Bezerra e do deputado estadual Francisco do PT. E a Avante
não está entusiasmado com a possibilidade de apoiar Natália.
Líderes da corrente avaliam que Natália não tem perfil
para disputas majoritárias. Calculam que ela circula apenas em setores
progressistas da classe média, universitários e funcionários públicos.
Samanda Alves, também da Avante, parece ser a única
liderança da tendência entusiasmada com a pré-candidatura de Natália. Ocorre
que Samanda é a 1ª suplente da chapa petista e assumiria o mandato de deputada
federal, caso a correligionária se elegesse prefeita.
Outra corrente que não vê com bons olhos o nome de
Natália para a disputa é a Construindo um Novo Brasil (CNB). A CNB é a maior
corrente nacional do partido e é dirigida a mãos de ferro no RN pelo deputado
federal Fernando Mineiro. Na eleição de 2018, Mineiro perdeu o mandato de
federal para Natália e desde então ambos vêm disputando as bases partidárias,
num troca-troca intenso de lideranças.
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