A visita do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, azedou ainda mais a relação
entre deputados federais e o Palácio do Planalto. Lideranças de
centro e de centro-direita afirmaram a O Antagonista que o “timing” da visita foi equivocado,
justamente no momento em que os parlamentares cobram uma maior atenção de Lula na articulação política.
Como mostramos mais cedo, Maduro foi recebido com honras
em uma cerimônia oficial realizada no Palácio do Planalto.
Na ocasião, Lula
defendeu a entrada da Venezuela no Brics, grupo de países que reúne Brasil,
Rússia, Índia, China e África do Sul.
A visita do ditador venezuelano já estava definida há
meses, mas o timming do encontro e a forma como ele aconteceu não foi bem visto por lideranças da
oposição na Câmara.
Uma das lideranças parlamentares disse a este site que “a bolha da Venezuela permite
essas visitas fora de horário”. “A questão é que não estamos na Venezuela, a realidade brasileira
é diferente”, complementou o líder.
Levantamento feito por O Globo aponta que Lula tornou-se, no
início de gestão, o presidente com o menor número de encontros com parlamentares desde
Dilma Rousseff. Foram apenas nove encontros contra 83 de Jair
Bolsonaro e 39 de Temer em igual período. Em contrapartida, Lula se reuniu com
30 chefes de estados em 5 meses, segundo o jornal. Um a menos que Bolsonaro em
todos os 4 anos em que ele esteve à frente do Poder Executivo.
A Câmara dos Deputados pode votar nesta semana o projeto de
lei do marco temporal de terras indígenas, ampliando a série de derrotas da
política ambiental que o governo do presidente Lula (PT) sofre no Congresso.
Na semana passada, a comissão mista do Congresso que analisa
a reestruturação da Esplanada dos Ministérios aprovou o relatório do deputado
Isnaldo Bulhões (MDB-AL) no qual ele retira do Ministério do Meio Ambiente o
Cadastro Ambiental Rural (CAR), a ANA (Agência Nacional de Águas), entre outras
estruturas.
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