A presidente do PT, deputada federal Gleisi
Hoffmann (PR), teve frustrado um pedido de sua defesa para evitar que
ocorra virtualmente, no Supremo Tribunal Federal (STF), o julgamento da
denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ela no inquérito
conhecido como “quadrilhão do PT”.
Em decisão na última terça-feira, 13, publicada nesta
quarta, o ministro Edson Fachin negou solicitações dos advogados de Gleisi
e do ex-ministro Paulo Bernardo, ex-marido da deputada, para que o caso fosse
analisado em sessão presencial do plenário da Corte.
“O julgamento em plenário virtual não traz prejuízo aos
debates que os ministros poderão fazer”, disse Fachin. Assim, ficou mantido o
julgamento em plenário virtual, a ser iniciado nesta sexta-feira, 16, e
concluído em 23 de junho.
O caso
No caso do “quadrilhão do PT”, também haviam sido
denunciados o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ex-presidente Dilma
Rousseff, os ex-ministros Antonio Palocci, Guido Mantega, Edinho Silva e o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto. Apenas Gleisi e Bernardo, no entanto,
tiveram a denúncia mantida no âmbito do STF, em razão do foro privilegiado da
presidente do PT. As acusações contra os demais foram enviadas à primeira
instância da Justiça Federal do Distrito Federal, que os absolveu em dezembro
de 2019.
A denúncia
A denúncia contra Gleisi e Paulo Bernardo, ex-marido da
deputada, foi apresentada pela PGR em setembro de 2017. O então
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, acusou os petistas dos crimes de
organização criminosa por supostamente receberem 1 milhão de reais desviados da
diretoria de Abastecimento da Petrobras, em 2010. Gleisi e Bernardo também
foram denunciados por supostos crimes relacionados à Odebrecht e ao Grupo
J&F, dono da JBS, além de ilegalidades no Ministério do Planejamento entre
2009 e 2015.
Com informações da coluna Maquiavel –
Veja
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