O prefeito
Allyson Bezerra (SD) impôs a vontade dele aprovando o Projeto de Lei Complementar
17/2023 sem precisar negociar com os sindicatos.
Se fosse numa
partida de futebol usaria um bordão dos comentaristas: “venceu, mas não
convenceu!”.
Mas a política é
mais complexa que o futebol.
Allyson venceu
porque o projeto passou, mas tudo foi a um alto custo, o que invocaria a
surrada analogia da “Vitória de Pirro”, atribuída a triunfos que não valem a
pena pelo desgaste.
Ainda assim não
enxergo a história como comparável à do general Pirro, que venceu, mas
praticamente viu seu exército ser dizimado ao derrotar a República Romana, na
Batalha de Ásculo, em 279 a.C.
Escrevo isso
porque Allyson na verdade perdeu porque não ganhou. Sua popularidade seguirá
alta (isso será tema para outra análise, mas se quiser saber mais assista o
Foro de Moscow de ontem AQUI, onde abordo a questão), mas ele
deixou de ficar ainda mais forte com o bem-sucedido (até aqui) Mossoró Cidade
Junina. A festa ficou em segundo plano por uma crise que o próprio prefeito
criou.
Allyson saboreia
o gosto da derrota numa vitória porque ele acreditou que o evento desviaria o
assunto enquanto ele passava a boiada em cima dos direitos dos servidores
municipais.
Deu tudo errado.
Se antes, o
prefeito tinha sindicatos rivais entre si, agora os têm unidos contra ele. Se
antes estava sem grandes sobressaltos com os servidores, agora tem contra si um
exército de ressentidos, que não vão mais pensar duas vezes antes de vazar
problemas da gestão para a mídia.
O gosto da
derrota será saboreado em doses de ressentimento dos servidores reclamando nas
redes sociais e no discurso dado de mão beijada para uma oposição
desorganizada.
Allyson não saiu
dessa destroçado como o exército Pirro, que era primo de Alexandre, “O Grande”.
Pelo contrário, ele ainda segue forte, mas a chama que pode cozinhar novos
desgastes para o prefeito saborear foi acesa pelo próprio ex-líder sindical.
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