Ocorreu nesta
quarta-feira, 21 de junho, o solstício de inverno no Hemisfério Sul,
marcando o início dessa estação. O fenômeno ocorreu exatamente às 11h57, no
horário de Brasília, conforme informações do Observatório Nacional. Mas afinal,
o que é um solstício de inverno?
O solstício de
inverno ocorre quando um dos polos da Terra, neste caso o polo Sul, atinge sua
inclinação máxima em relação ao Sol, ficando o mais distante possível do
astro-rei. Simultaneamente, no Hemisfério Norte, ocorre o fenômeno oposto, o
solstício de verão, uma vez que o polo Norte está apontado em direção ao Sol.
Essa ocorrência
é resultado da inclinação do eixo de rotação da Terra, que possui um ângulo de
aproximadamente 23 graus. Conforme nosso planeta se movimenta ao redor do Sol,
conhecido como movimento de translação, diferentes latitudes da superfície
terrestre experimentam variações na incidência dos raios solares.
Nessa
configuração, as regiões próximas aos trópicos e aos polos do planeta recebem
quantidades distintas de radiação solar ao longo do ano. Já as regiões próximas
ao Equador, localizadas na parte mais gorda dessa esfera gigante, recebem uma
quantidade significativa de radiação solar constante, devido à chegada
antecipada e intensa dos raios solares nesses locais.
Se o eixo da
Terra não fosse inclinado, a luz solar alcançaria o planeta de maneira
uniforme, resultando em uma quantidade igual de radiação solar em todos os
lugares ao longo do ano. Nesse cenário, não haveria solstício de inverno nem
solstício de verão, pois as estações do ano não existiriam.
À medida que o
solstício de inverno se aproxima, os dias se tornam progressivamente mais
curtos. O próprio solstício marca o dia com o menor período de luz solar. Neste
21 de junho, no Brasil, teremos aproximadamente 11 horas e 11 minutos de luz
solar, tornando-se a noite mais longa do ano.
A partir desse
ponto, os dias gradualmente se tornam mais longos até o solstício de verão, que
ocorrerá em 21 de dezembro no Hemisfério Sul. Essa data representa o dia mais
longo e a noite mais curta do ano nesta região.
Vale ressaltar
que o início das estações do ano está associado não apenas aos solstícios de
inverno e verão, mas também aos equinócios de outono e primavera, que ocorrem
em março e setembro, respectivamente, no Hemisfério Sul.
Nos equinócios,
o Sol parece estar exatamente acima do Equador, resultando em um dia e uma
noite com duração praticamente igual. A palavra “equinócio” deriva do latim
“aequinoctium”, composta por “aequus” (igual) e “nox” (noite).
De acordo com o
Observatório Nacional, durante os equinócios, o Sol nasce no ponto cardeal leste
e se põe no ponto cardeal oeste. Posteriormente, o nascer do sol ocorre cada
vez mais afastado do ponto cardeal leste. No solstício de inverno no Hemisfério
Sul, o Sol atinge o máximo afastamento a nordeste. Já no solstício de verão, o
máximo afastamento ocorre a sudeste.
O padrão é
inverso em relação à posição do Sol durante o pôr do sol. Após os equinócios, o
pôr do sol ocorre cada vez mais afastado do ponto cardeal oeste. No solstício
de inverno no Hemisfério Sul, o pôr do sol atinge o máximo afastamento a
noroeste. No verão, o máximo afastamento ocorre a sudoeste. No Hemisfério
Norte, ocorrem os mesmos fenômenos, porém em sentido oposto.
Com o solstício
de inverno, temos o início oficial dessa estação no Hemisfério Sul,
proporcionando um período de dias mais curtos e noites mais longas. Esses
eventos astronômicos seguem padrões definidos pelos movimentos da Terra,
trazendo consigo as características distintas de cada estação do ano.
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