Conforme apontado anteriormente pela OMM
(Organização Meteorológica Mundial), o fenômeno climático El Niño está de volta — e já
registra grandes efeitos no planeta.
O Copernicus (Programa de Observação da Terra da União
Europeia) revelou que as superfícies dos oceanos tiveram o mês de maio mais
quente já registrado — e agora teremos o mês de junho mais quente do mundo.
“O mundo acaba de ter seu início de junho mais quente já
registrado, depois de um mês de maio que foi apenas 0,1°C menos quente do que o
recorde”, afirmou Samantha Burgess, vice-diretora do serviço Copernicus.
“As temperaturas médias do ar da superfície global, nos
primeiros dias de junho, foram as mais altas já registradas no conjunto de
dados ERA5 para o início de junho e por uma margem substancial”.
Entenda o fenômeno climático
Segundo o Centro de Previsão Climática da Administração
Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA, o fenômeno climático El Niño está de
volta, e deverá produzir condições climáticas extremas no final de 2023;
Esse padrão climático atípico pode causar aquecimento —
ou temperaturas acima da média — na superfície do Oceano Pacífico tropical
central e oriental;
Os eventos desse fenômeno costumam ocorrer de forma
irregular e com intervalos de dois a sete anos, afetando o clima mundial.
Não é surpreendente porque há uma tendência de aumento
das temperaturas. […] Sabíamos que quando se desenvolve um evento El Niño, há
tendência a aumentar as temperaturas em algumas dezenas de graus.
François-Marie Bréon, vice-diretor do Laboratório de
Clima e Ciências Ambientais (LSCE).
“Se um ano é particularmente quente, isso não é
necessariamente significativo, mas o que fica claro é essa forte tendência, que
mostra um aumento nas temperaturas de cerca de 0,2°C por década”, complementa
Bréon.
Esses desequilíbrios climáticos podem resultar em
incêndios florestais, no degelo dos polos e até mesmo no aumento da demanda por
eletricidade para climatização — além de contribuir para o aquecimento global.
Deu em Uol
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