O jornal O
Estado de S. Paulo publicou um editorial neste domingo, 25, no
qual pede aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que controlem um de
seus colegas, Alexandre de Moraes.
Conforme o texto, membros da Corte chancelaram decisões do
juiz do STF. Dessa forma, são responsáveis por suas consequências e têm de
impedir eventuais abusos. Além disso, o jornal vê “erros e incompreensões sobre
o Direito e as próprias circunstâncias vividas no país” nos inquéritos
inconstitucionais conduzidos pelo ministro.
“Afinal, se ao longo do governo Bolsonaro a
democracia pareceu estar sob risco, o que poderia justificar medidas
excepcionais, hoje não há ameaças que fundamentem decisões desse tipo”, observa
o Estadão. “O Supremo
não pode ignorar que, agora, a realidade é diferente. Para começar, não estamos
mais em ano eleitoral, e, portanto, a legislação específica para o período de
campanha, que serviu para fundamentar muitas intervenções do Judiciário,
sobretudo nas redes sociais, só fazia sentido no contexto eleitoral, pois era
preciso proteger a igualdade de condições entre os candidatos. Agora, o cenário
factual e normativo é outro.”
De acordo com o jornal, uma medida abusiva recente tem
relação com a censura ao podcaster Monark,
em virtude críticas à Justiça Eleitoral e a Moraes. Adiante, o jornal menciona
a decisão que enquadrou o Google e outras big
techs, que supostamente impulsionaram conteúdos contra o PL das Fake News.
“Recordando a plena vigência da garantia do duplo grau de
jurisdição, é preciso afirmar a responsabilidade dos outros ministros do STF
pelo controle da atuação do relator dos inquéritos das ameaças à Corte e dos
atos antidemocráticos”, afirma o jornal. “O Supremo não pode fechar os olhos ao
que vem ocorrendo.”
Deu na Oeste
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