O projeto de lei que cria no Rio Grande do Norte o Mecanismo Estadual de Prevenção e Combate à Tortura
(MEPCT) passou na Comissão de Constituição,
Justiça e Redação (CCJ) da Assembleia Legislativa. A votação ocorreu nesta
terça-feira (11), e a aprovação foi por maioria de votos. Agora, a proposta
segue para as demais comissões – o que vai ocorrer apenas depois do recesso
legislativo.
De acordo com o projeto enviado pelo Governo do Estado, o
MEPCT será composto por 5 peritos com mandato fixo de até seis anos, que terão
plenos poderes para inspecionar a situação nos presídios do Estado e até
requerer instalação de procedimentos criminais e administrativos para apurar
denúncias de tortura.
Esses peritos precisam ter “notório conhecimento e
formação de nível superior, atuação e experiência na área de prevenção e
combate à tortura e a outros tratamentos ou penas cruéis”.
Como mostrou o PORTAL
DA 98 FM, o projeto enfrenta resistência de entidades ligadas à
segurança pública, mas conta com a provação de integrantes da Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB), Ministério Público e Defensoria Pública do Rio
Grande do Norte.
O projeto de criar no RN um órgão para combater tortura
nos presídios foi enviado pelo Governo do Estado à Assembleia em fevereiro de
2022. Na mensagem original, que chegou a ser aprovada por todas as comissões
temáticas da Casa, a governadora Fátima Bezerra (PT) estabelece que os cargos
dos peritos seriam criados através de lei complementar posterior – que
definiria o formato do ingresso dos peritos, como concurso público.
Contudo, em abril do mesmo ano, o MPRN sugeriu mudanças no texto,
propondo que fosse estabelecida a previsão dos cargos comissionados. O novo
projeto, com os ajustes, foi enviado em abril deste ano e está em tramitação na
Assembleia.
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