No dia 1º de maio, o governo reajustou no salário mínimo para R$ 1.320. Isso equivale, numa jornada padrão de 44 horas semanais, a R$ 6 por hora trabalhada.
Segundo informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), em março, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família composta por quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.571,52, o que representa aproximadamente 5x o valor atual do salário mínimo.
Quando se analisa a proporção entre o custo da cesta básica e o salário mínimo líquido, ou seja, após o desconto de 7,5% referente à Previdência Social, verifica-se que o trabalhador comprometeu, em média, 55,47% do salário mínimo para adquirir os produtos alimentícios básicos. E básicos, aqui, quer dizer básico mesmo.
Em seus dois primeiros mandatos, os ganhos reais no salário mínimo foram das mais importantes medidas do presidente Lula. A base salarial brasileira é distorcida e achatada, não apresentando a mínima dinamicidade. Os impactos disso se veem na crescente necessidade de programas sociais de complementação de renda, que ainda sofrem com a visão emergencialista e não conseguem se afirmar como políticas de longo prazo.
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