Após oito anos, o Supremo Tribunal Federal (STF)
voltou a debater, nesta quarta-feira (02), a descriminalização do porte de
drogas, principalmente
a maconha, para uso pessoal.
O julgamento foi adiado após o voto do ministro
Alexandre de Moraes e deve voltar a ser debatido na semana que vem. Até
agora votaram a favor da descriminalização os ministros Gilmar Mendes,
Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes.
Horas após a sessão, o presidente do Senado Federal,
Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse que é um “equívoco grave” a possibilidade
de descriminalização do porte de drogas para consumo pessoal julgada pelo STF.
“Houve, a partir da concepção da Lei Antidrogas, também
uma opção política de se prever o crime de tráfico de drogas com a pena a ele
cominada, é de prever também a criminalização do porte para uso de drogas.”,
disse Pacheco aos pares em plenário.
O presidente do Senado disse que a decisão do STF de
julgar a descriminalização, sem discussão no Congresso, sem criação de
programas de saúde pública, é uma “invasão de competência do Poder Legislativo”.
"Uma decisão no caso concreto de descriminalização de um
tipo pena criado a partir de uma discussão no Congresso Nacional (...) é
invasão de competência do poder legislativo”, diz @rodrigopacheco em critica ao
@STF oficial. Ele falou na noite desta quarta-feira. Veja vídeo de Pacheco aqui.
Pacheco também disse que a Advocacia do Senado
Federal (Advosf) vai elaborar embargos de declaração para suspender a
decisão do STF sobre o piso
salarial da enfermagem. Segundo ele, o recurso é uma “afirmação
de cunho político”.
“Uma lei concebida no Congresso Nacional, da forma como
foi o piso nacional da enfermagem, não é razoável que possa ser revista no
âmbito do Poder Judiciário“, defendeu.
No mês passado, a Suprema Corte decidiu que o piso
nacional do setor deve ser pago aos trabalhadores do setor público pelos
estados e municípios na medida dos repasses federais, o que geraria uma
diferença em relação a profissionais do setor privado.
O presidente do Senado pede que o piso da
categoria seja pago com os R$ 7,3 bilhões reservados por lei
exclusivamente para o custeio do novo valor. Assim, o piso seria de R$ 4.750
mil para cada profissional de enfermagem, R$ 3.325 mil para cada técnico de
enfermagem e R$ 2.375 para cada auxiliar e parteiras.
O Antagonista
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