A ex-prefeita do
Conde, na Paraíba, Márcia Lucena, foi nomeada para assumir o cargo de
coordenadora de Educação em Direitos Humanos e Mídias Digitais do Ministério da
Educação do governo Lula (PT).
O que chama a
atenção é que a portaria de sua nomeação para o cargo saiu no mesmo dia em que
a Justiça Eleitoral decidiu flexibilizar as medidas cautelares que ela estava
cumprindo no âmbito da Operação Calvário, conhecida como a "Lava
Jato" do Nordeste.
Lucena ganhou
destaque na mídia nacional em 2019, após ser presa na Operação Calvário, que
investigou uma organização criminosa suspeita de desvio de R$134,2 milhões de
recursos destinados aos serviços de saúde e educação da Paraíba.
Na época da
prisão, Márcia era prefeita do Conde, mas havia atuado como secretária de
Educação no governo estadual do petista Ricardo Coutinho (PT), também preso
pela Polícia Federal.
De acordo com os
autos do inquérito, Márcia fazia parte do núcleo político da organização e era
uma das principais responsáveis pela estruturação de fraudes na educação.
A política
chegou a ser levada para a Penitenciária Feminina Maria Júlia Maranhão, em João
Pessoa, e ao ser solta por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), passou
a usar tornozeleira eletrônica e a cumprir medidas cautelares.
Apesar disso,
Márcia se considera vítima de lawfare e afirma estar sendo
"perseguida" pelo Ministério Público Federal.
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