Em março de 2019, Flávio Dino, do PCdoB, Rui Costa, do
PT, e outros sete então governadores de estados nordestinos assinaram o
protocolo que criou o Consórcio Nordeste. Flávio Dino, hoje ministro da Justiça
do governo Lula, era governador do Maranhão. Rui Costa, hoje ministro-chefe da
Casa Civil, era governador da Bahia. Um dos dez pontos de parceria conjunta
previstos no que eles chamaram de “importante instrumento político e
jurídico para o fortalecimento da nossa região” era a busca por maior peso
nas decisões nacionais.
Ninguém acusou essa turma de xenofobia, separatismo, fascismo e traição da pátria. Mas bastou Romeu Zema defender o Consórcio Sul-Sudeste, o Cossud, em entrevista ao Estadão, que a esquerda disparou todos os rótulos – o último deles pelo próprio Dino – contra o governador de Minas Gerais e potencial candidato de direita à presidência da República em 2026. É como se a expressão “contra o Nordeste”, usada por portais de notícias para expressar o embate político de dois blocos que buscam maior peso nas decisões nacionais, tivesse sido originalmente dita por Zema e pior: significasse uma iniciativa contrária à população pobre da região.
Na verdade, o
governador saiu em defesa dos pobres do Sul e do Sudeste no critério de divisão
do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, previsto na PEC da reforma
tributária, quando disse:
“Está sendo criando
um fundo para o Nordeste, Centro-Oeste e Norte. Agora, e o Sul e o Sudeste não
têm pobreza? Aqui todo mundo vive bem, ninguém tem desemprego, não tem
comunidade…Tem, sim. Nós também precisamos de ações sociais.”
Zema ainda declarou
expressamente que “é preciso tratar a todos da mesma forma, as decisões
têm que escutar ambos os lados”.
Este programa
mostrou nas últimas semanas que a Bahia, governada pelo PT há 16 anos, tem as
quatro cidades mais violentas do Brasil, de acordo com o Ipea, e foi o estado
líder em número absoluto de mortes pela polícia em 2022, de acordo com o Forum
Brasileiro de Segurança Pública. Quem não consegue entregar resultado,
portanto, parte para a demonização de seus adversários. A máquina esquerdista
de assassinar reputação continua tão ativa quanto o crime organizado nos
estados governados pela esquerda.
Assista aqui ao comentário de Felipe Moura
Brasil no Papo Antagonista desta segunda-feira (7).
O Antagonista,
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