Aconteceu
na manhã dessa segunda feira 21 de agosto, na propriedade de Maria Cândida, no
Sitio Brejo, município de Olho D’água do Borges, o encontro da comitiva da Jornada
do Algodão Agroecológico, que tem como objetivo de divulgar esse importante
projeto no município, tendo em vista que no Rio Grande do Norte, o clima predominante
é o semiárido, caracterizado por chuvas escassas, o que torna a agricultura de sequeiro
(que dependendo exclusivamente das chuvas), um desafio e uma prova de resiliência
para os agricultores e agricultoras da região.
A equipe da jornada do algodão agroecológico é composta por representantes da Diaconia, funcionários e representantes da VEJA, do Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo, Bolívia e França. Sua agenda de visitas teve início com sua chegada a Natal no dia 19 de agosto e vão percorrer vários municípios do Rio Grande do Norte e encerra-se dia 25 de agosto com visita à fábrica ANIGER, em Quixeramobim-CE.
A
ANIGER é uma das quatro fábricas no Brasil que produzem o tênis da VEJA. Fundado
em 1991, a ANIGER é localizada em Quixeramobim, no Ceará, e fabrica o nosso tênis
desde 2021.
Tudo
começa no roçado das famílias agricultoras! Todas as agricultoras e
agricultores que vendem algodão para a VEJA - (Empresa que compra toda
produção do algodão agroecológico), plantam em 'consórcio agroecológico', num
sistema de produção que é orgânico e diversificado – plantam pelo menos três
culturas na mesma área (algodão, milho, feijão, girassol, gergelim...), fortalecendo
a saúde do solo e garantindo a segurança alimentar das famílias.
O
processo de descaroçamento é fundamental para agregar valor ao algodão,
fortalecendo a renda das famílias. Antigamente, as famílias vendiam algodão 'em
rama' - a pluma e o caroço juntos - por um preço muito baixo. Hoje em dia, com
as unidades de descaroçamento, os agricultores e agricultoras conseguem separar
a pluma do caroço, e vender a pluma em fardos prensados, o que aumenta muito o
valor do produto, aumentando também a renda e autonomia das famílias
agricultoras.
Uma
outra vantagem, é o preço pago ao agricultor pelo Kg do algodão,(Pluma), que varia
entre R$ 18,00 e 19,00, e ainda tem um prêmio de 3 reais por Kg, caso o
produtor/produtora consiga cumprir todas as normas e regras de produção exigido
pelo projeto.
Maria Cândida é agricultora natural de Olho D'Água do Borges – RN, e trabalha com a agroecologia desde 2005, com a produção de hortaliças orgânicas. Em 2019, conheceu o projeto do algodão agroecológico e se associou à associação de agricultores, ACOPASA.
Maria Cândida
é também uma multiplicadora do projeto, um papel importante em que ela apoia os
agricultores e agricultoras do grupo dela. A área dela também serve como
referência e local de treinamento para as outras famílias.
Além
de Maria Cândida, o município de Olho D’água do Borges ainda tem mais dois
produtores rurais participando do Projeto Algodão Agroecológico, que são
Railton Paiva, no Sitio Cardosos e Assis, no sitio Cajazeiras.
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