O salário mínimo ideal para uma família deveria ter
sido de R$ 6.528,93 em julho, calcula o Dieese (Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos). O valor corresponde a 4,95 vezes o
valor do salário mínimo atual, que é de R$ 1.320,00.
A pesquisa feita mensalmento pelo instituto é calculada
com base na cesta mais cara entre 17 capitais do País - em julho, foi a de
Porto Alegre.
Levando em consideração a determinação constitucional que
estabelece que o salário mínimo deve ser suficiente para suprir as despesas de
um trabalhador e da família dele, o valor do salário mínimo necessário
para a manutenção de quatro pessoas deveria ter sido de R$ 6.528,93 em julho.
Porém, o tempo médio necessário para adquirir os
produtos da cesta básica diminuiu de 113 horas e 19 minutos, em junho, para 111
horas e 08 minutos, em julho de 2023. Em julho de 2022, a jornada média era de
120 horas e 37 minutos.
Em junho deste ano, o valor do salário mínimo ideal era
de R$ 6.578,41 e correspondeu a 4,98 vezes o piso mínimo. Em julho de 2022, o
mínimo necessário deveria ter ficado em R$ 6.388,55, ou 5,27 vezes o valor
vigente na época, que era R$ 1.212,00.
Cesta básica ficou mais barata em 13 das 17 capitais pesquisadas
Nos setes meses do ano, o custo da cesta básica diminuiu
em nove cidades. Já na comparação dos valores da cesta, entre julho de 2022 e
julho de 2023, 11 capitais tiveram aumento de preço, com variações que ficaram
entre 0,11%, em Belo Horizonte, e 4,44%, em Natal.
Entre junho e julho de 2023, as quedas mais importantes
ocorreram nas capitais Recife (-4,58%), Campo Grande (-4,37%), João Pessoa
(-3,90%) e Aracaju (-3,51%). Em relação aos alimentos, os produtos que
apresentaram diminuição em todas as cidades foram o valor médio do quilo da
carne bovina de primeira com - variação entre -7,16%, em Florianópolis e
-0,86%, em Vitória - e o feijão carioquinha (KG).
Na outra ponta, as capitais que tiveram aumento no
conjunto de alimentos foram Porto Alegre (0,47%), enquanto houve relativa
estabilidade nas demais cidades -Salvador (0,03%), Brasília (0,04%) e Fortaleza
(0,05%).
Porto Alegre foi a capital onde o conjunto dos alimentos
básicos apresentou o maior custo (R$ 777,16), seguida por São Paulo (R$
769,95). O valor representa queda de 1,67% em relação a junho. Em comparação
com julho de 2022, os preços subiram 1,25%.
Em relação ao Rio, capital com a quarta cesta básica mais
cara (R$ 738,12) entre os locais pesquisados, houve diminuião de 0,39% em
relação a junho. Em comparação com julho de 2022, o valor da cesta aumentou
1,99%.
Veja a publicação do DIEESE aqui.
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