Servidores da saúde do Rio Grande do Norte decidiram
nesta segunda-feira (31) manter a greve da categoria, que foi iniciada no dia
19 de julho. Em assembleia do Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), a
categoria rejeitou por unanimidade os apelos do Governo do Estado e decidiram
que a paralisação segue por tempo indeterminado.
“A greve continua. Governo a culpa é sua”, diz comunicado
do Sindsaúde divulgado logo após a assembleia.
A assembleia do Sindsaúde desta segunda-feira foi a
primeira depois de uma reunião extraordinária entre dirigentes do sindicato e
representantes do Governo do Estado na última sexta-feira (28).
Na reunião, a secretária de Saúde, Lyane Ramalho, e o
secretário de Administração, Pedro Lopes, listaram avanços promovidos para a
categoria da saúde e pediram o fim do movimento paredista. Ainda durante a
reunião, alguns diretores de hospitais falaram sobre o impacto da greve nos
serviços e atendimentos.
O teor da reunião desagradou aos servidores. Segundo o
Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde), “a gestão tenta responsabilizar
a greve da categoria no caos da saúde pública do Estado”.
“Nós trabalhadores da saúde que carregamos a saúde nas
costas. Dizer que o caos existe por causa da greve é injusto, pois o caos da
saúde é diário independente da greve ou não”, afirmou Rosália Fernandes,
coordenadora do Sindsaúde/RN.
Os servidores cobram:
- Reajuste salarial de 21,87%;
- Implementação e pagamento do adicional para técnicos de Radiologia;
- Reenquadramento respeitando o tempo de serviço;
- Convocação do cadastro de reserva e realização de novo concurso público;
- Implementação das mudanças de carga horária de 30h para 40h.
Apelo da Sesap
Durante a reunião, representantes do governo afirmaram
que, desde a aprovação do novo plano de cargos, carreiras e remuneração, os
servidores tiveram um aumento real de 25% nos salários. Além disso, destacaram
que houve mais de 10 mil servidores beneficiados com progressão funcional só
neste ano, entre outros avanços.
Sobre a cobrança pela convocação de novos servidores e
realização de concurso público, a secretária Lyane Ramalho já havia afirmado
nesta quinta-feira (27) à 98 FM que o governo já está com a despesa com pessoal
acima dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal e que só pode realizar
novos chamamentos após fechar acordo com o Ministério Público de Contas, o que
está previsto para agosto.
Durante a reunião com os servidores, o secretário Pedro
Lopes pediu que os servidores aguardassem até agosto para que o governo tenha
condições de formalizar uma proposta.
Portal 98FM
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